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15 • 16 • 17 MARÇO 2024

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A Génese da Foda

Reza a história, que há muito tempo atrás, os habitantes do burgo, que não possuíam rebanhos, se dirigiam às feiras para comprarem o animal pretendido. Na feira, havia de tudo, gado bom e menos bom. A verdade é que os criadores e contratadores de rês, quando levavam o seu gado ovino para a feira, tinham como objetivo vendê-lo pelo melhor preço e, para que aparentassem gordos, era prática colocar sal na forragem, fato que obrigava o gado a beber muita água.

Na feira, o gado aparecia com a barriga cheia de água e pesados, parecendo realmente bem tratados, muito gordos. Os incautos, que não tinham conhecimento da “manha” compravam aqueles autênticos “balões de água” e, quando se apercebiam do logro, exclamavam à boa maneira minhota: “Que grande Foda!”

O termo –Foda – foi-se vulgarizando, ao longo do tempo, e o prato passou a designar-se, por Foda. De tal forma, que é frequente pelas alturas festivas (Páscoa, Santos Padroeiros, Corpo de Deus, Senhora das Dores ou Fim do Ano) ouvir as mulheres minhotas exclamarem: “Ó Maria, já meteste a Foda?”, ou seja, já confecionaste o cordeiro à moda de Monção, em alguidar de barro, levado ao forno de lenha.